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terça-feira, 17 de abril de 2012

Perdão


Perdoar é um dos atos básicos da fé cristã, pois, a nossa entrada na vida que Jesus Cristo nos ofereceu, só foi possível porque recebemos perdão de nosso Deus e Pai. Ele nos perdoou, mediante a obra de seu Filho feita na cruz, em nosso favor. Amor e perdão sempre caminham juntos.
“Deus é amor”, é a mais formosa definição que a Bíblia apresenta. E a maior prova do seu amor para conosco foi perdoar todos os nossos pecados. Porque ele nos ama ele nos perdoou. Perdoar é um atributo de Deus.
Perdoar é um mandamento da Palavra de Deus. Não é um sentimento, nem depende de nossa vontade ou emoção. A Palavra declara: “sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo vos perdoou” (Efésios 4.32); “Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, casa alguém tenha queixa contra outrem. Assim como o Senhor nos perdoou, assim também perdoai vós” (Colossenses 3.13).
Quando Deus nos perdoou, pôs um fim à situação desastrosa em que nós nos encontrávamos, pois, estávamos condenados à morte como conseqüência do nosso pecado de desobediência. Ele nos chamou para uma nova vida, onde o amor e o perdão sempre têm a sua máxima expressão. Perdoada a nossa ofensa, o relacionamento amoroso que nos une ao Pai Eterno foi restaurado. Diante desse ato de misericórdia e amor imerecido devemos, do mesmo modo, estender perdão a todo aquele que nos ofender. O perdão de Deus deve gerar em nosso coração o desejo de perdoar incondicionalmente, tal com ele fez conosco.
Perdoar significa deixar de considerar o outro com desprezo ou ressentimento. É ter compaixão, deixando de lado toda a idéia de vingar-se daquilo que foi feito ou pelas conseqüências que sofremos.


A base sobre a qual exercitamos o perdão


A base para o ato de perdoar é o completo e livre perdão que recebemos do Pai. Assim como ele nos perdoou, nós perdoamos. Como filhos de Deus o perdão que expressarmos, deve ser análogo ao seu perdão –“perdoando-vos uns aos outros como, também Deus, em Cristo, vos perdoou” (Efésios 4.32), ensina o apóstolo. É inconcebível viver sob o perdão de Deus sem perdoar ao próximo.
Quando Jesus ensinou os seus discípulos a orar, ele colocou um pedido ao Pai: “perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado os nossos devedores” (Mateus 6.12). É esse espírito de perdão que deve permanecer em nós. Se o Pai, antecipadamente, nos perdoou, quando não éramos merecedores, em gratidão ao seu amor perdoador, nós devemos, também, perdoar aos que nos ofendem. O perdão deve uma característica do nosso viver cristão. Se o amor perdoador de Cristo foi sacrificial – ele se deu por nós -, da mesma forma o nosso amor deve se expressar dando-nos, em amor, por aquele que nos ofendeu.

Quando devemos perdoar

Há dois momentos, em especial, que o perdão deve se expressar:
. (1) – No momento em que fomos atingidos - injuriados, maltratados, ofendidos, perseguidos, etc. – O exemplo de Estevão mostra que ele perdoou no mesmo momento da agressão recebida (Atos 7.60) – “Então, ajoelhando-se, clamou em alta voz: Senhor, não lhes imputes este pecado”.Apedrejado até a morte, ele não pensou em si, pensou na situação dos agressores diante de Deus – perdoou-os e rogou por eles. Eis, aí manifesto o mais elevado e magnífico espírito cristão de perdão. Este primeiro mártir da fé cristã imitou o Senhor Jesus que orou na cruz: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas 23.34).



(2) – Quando aquele que ofendeu pede perdão – Devemos estar preparados para perdoar, tão logo nos for solicitado o perdão. Deve ser uma atitude imediata e sem guardar ressentimento algum. Isso se expressará mais fácil na medida em que amadurecemos em nossa vida espiritual. O perdão tem de ser um ato de nossa vontade disciplinada. Ele não é um sentimento, nem é facultativo. Ele resulta de colocar a nossa vontade sob a vontade de Deus.



Quantas vezes devemos perdoar



Essa foi a pergunta que Pedro fez a Jesus. A resposta do Senhor trouxe algo novo, demonstrando que já não estamos sob a Lei, estamos sobre a Graça de Deus. “Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete” (Mateus 18.21,22). Se a Lei determina um número de vezes para perdoar, o Evangelho de Cristo não determina números, determina a aplicação do amor em grau infinito.



Condições para recebermos perdão



Perdoar para ser perdoado é o ensino de Jesus:



- “se, porém, não perdoardes aos homens [as suas ofensas], tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas”. (Mateus 6.15).

- “Assim também meu Pai celeste vos fará, se no íntimo não perdoardes cada um ao seu irmão” (Mateus 18.35).

- “E, quando tiverdes orando, se tendes alguma cousa contra alguém, perdoai, para que o vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas” (Marcos 11.25)..



O perdão "a" nós mesmos



Muitas vezes, antes de podermos perdoar os outros, devemos perdoar a nós mesmos. Habitualmente somos mais duros conosco do que com os outros. Devemos recordar que Cristo nos perdoou. Mateus 22.39 nos ensina: “Amarás ao teu próximo como a ti mesmo”. Precisamos sentir que ele nos ama e já nos perdoou. Para que isso ocorra, devemos lembrar a posição em que Deus já nos colocou: “nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus” (Efésios 2.6). Precisamos nos ver como somos aos olhos de Deus e não segundo os nossos incorretos sentimentos. Em Cristo está a nossa vitória.



Valor do Perdão



Perdoar é essencial ao nosso bem estar interno e ao testemunho externo da igreja. Sem esta prática as daninhas ervas da amargura, do ódio e do ressentimento impedirão de que representemos ao mundo, integralmente, o caráter de Jesus o nosso Senhor e Salvador. Amém.





Erasmo Ungaretti
fonte: adorar.net

Conhecendo a Deus

Uma das maneiras de conhecermos a Deus é pelo Espírito Santo, ele foi deixado no mundo por Jesus para trazer uma revelação de Deus ao homem.
Tenho escutado no Oriente Médio testemunhos de um sonho que muitas pessoas estão tendo: Elas estão sonhando com Jesus. Árabes sonhando com Jesus e procurando igrejas porque sonharam com Ele na noite anterior. Desejam saber quem é Jesus. Este é o Espírito Santo revelando Deus ao mundo.
Em uma viagem ao Japão deram o seguinte testemunho: Um japonês estava andando nas ruas de Tóquio e no meio daquela multidão, uma pessoa se aproximou dele e disse: Deus me mandou falar de Jesus pra você. Essa pessoa falou em português com esse homem, sem saber que ele era um japonês brasileiro. E este japonês brasileiro entregou sua vida a Jesus.
Quem faz isso? O Espírito Santo. A conversão de cada um de nós foi feita pelo Espírito Santo, Ele que nos leva conhecer a Deus. Que nos traz a revelação de Deus. E esse “a quem adoramos” se amplia: “Ao teu Deus adorarás e somente a Ele darás culto”. Ele é a razão, o alvo, o objetivo da nossa adoração. E é esse conhecimento de Deus gerado pelo Espírito Santo que muda a nossa vida.




Por que adoramos? Sempre me perguntei por que Deus procura adoradores? Por que adoramos a Deus? Qual é a razão? Será que o céu fica melhor com a nossa adoração aqui na terra? Lá tem a plenitude, lá tem milhares e milhares de anjos dia e noite adorando ao Senhor. Antes de o mundo existir já havia adoração no céu.
Concordo que um anjo se rebelou e foi mandado embora do céu, mas ficaram milhares de anjos para adorar. O céu é cheio de adoração. É só lermos o livro de apocalipse para termos uma visão da adoração no céu. Deus vê as coisas dentro da sua perspectiva, quem vive no tempo somos nós. No céu já está tudo acontecendo, de eternidade a eternidade. Nós vivemos numa porçãozinha da eternidade de Deus. Nós estamos vivendo na eternidade de Deus em cada segundo da nossa vida.
Descobri então o porquê dá adoração. A adoração acontece quando nós com povo de Deus, promovemos na terra o que existe no céu. Um adorador é alguém plugado no céu. É alguém que se conecta no céu, é alguém que se conecta em algo que está acontecendo diante da glória e do trono de Deus. Quando nos ligamos no eterno, começa a acontecer nas nossas vidas, no nosso coração, ao nosso derredor o que está acontecendo no céu.
Adoração não é uma ordem de músicas que cantamos diante de Deus. Não, adoração maneira de vivermos diante de Deus. Quando cantamos, esta é uma das maneiras pela qual adoramos a Deus. Mas adoração é você estar conectado com Deus. A eternidade é transmitida para a sua vida.
Deus procura verdadeiros adoradores, porque o adorador é alguém ligado no céu. É alguém que tem como único objetivo, promover na terra o que está acontecendo no céu. A vida de adoração é estar na presença de Deus e trazer o que é de Deus através da sua vida para a terra. Por isso Deus procura adoradores que adorem em espírito e em verdade e esse “por que adoramos”, transforma em primeiro lugar, a nossa vida.
Não transforma a Deus. Alegra o coração de Deus e então transforma a nossa vida. Quando você decide ser um adorador e deseja viver essa vida de adoração então a sua vida começa a ser transformada e transforma tudo ao seu derredor. Um adorador é quem promove a presença de Deus a onde quer que esteja.
Sabem por que Jesus disse que as portas do céu não prevaleceriam? Porque as portas do inferno não suportam a adoração. Não agüentam. Um adorador na porta do inferno é um incomodo para o inferno. A igreja adorando nas portas do inferno, adorando nos prostíbulos, nos cabarés, em locais de drogados, o inferno não suporta.
Eu trabalhava na rede Globo. Depois da minha conversão eu me tornei técnico de áudio e fui contratado como supervisor da Globo no sul do país. Ali eu me especializei, trabalhei com link, com satélite, fui um dos primeiros a trabalhar com áudio digital, tinha o emprego dos meus sonhos. Mas, ninguém me agüentava, pois eu louvava ali sem cessar. Todas as externas que fazíamos, eu levava a minha bíblia e eu ficava falando de Jesus. Entravamos no carro, eu colocava uma fita de louvor e adoração, entravamos no caminhão de externas, a mesma coisa.
Eu fazia isso porque eu sou um agente de Deus neste mundo e todos nós somos chamados para sermos um agente do céu neste mundo. O porquê da adoração? Porque a adoração traz os céus para a terra. Traz a presença de Deus para este mundo. Transforma o que está ao nosso derredor. Transforma uma casa, transforma um lar, transforma as vidas.
Certa vez uma senhora me telefonou tarde da noite. Ela estava chorando, pedindo que alguém fosse até a sua cada porque o marido estava trancado em um quarto com uma arma na mão ameaçando se matar. E era muito longe e chovia muito e eu não sabia o que fazer. Então pedia a minha esposa que ficasse orando e comecei a orar com ela no telefone e falei: você tem um disco de louvor na sua casa? Ela respondeu que sim. Então eu disse: coloca a música bem alta para que o teu marido escute de onde ele está. E ela colocou bem alta e aquele louvor encheu aquela casa.






E o marido que estava gritando do quarto, desesperado, saiu daquele aposento, pegou o telefone e falou comigo e eu pude ministrar com ele e aquele homem não se matou. Aquele homem foi salvo por causa do céu na terra. As portas do inferno não prevalecem onde há louvor e adoração, onde há a igreja louvando e adorando. O céu se transfere para o nosso meio. O porquê da adoração? Porque promove a presença de Deus no mundo.
Tivemos outra experiência em um evangelismo no centro de Porto Alegre e começamos a tocar e ninguém parava para ouvir. As pessoas passavam de um lado para o outro como se nada tivesse acontecendo. De repente o Senhor me disse: “começa a adorar” e nós começamos a adorar como se não tivesse mais ninguém por perto, só Deus.
Quando terminamos o cântico, muitas pessoas pararam para ouvir e foi enchendo o local. Não cantamos mais música de evangelismo, somente de adoração. Os pastores se prostraram, o grupo de teatro se prostrou e nós chorando e adorando a Deus ali no centro da cidade. O céu na terra ligado na graça de Deus, conectados no eterno.
Amor e adoração são as conexões que temos com o eterno de Deus. São estas as duas coisas que estão acontecendo no céu. Deus é amor e o céu está cheio de amor. Estas são as duas coisas que acontecem no céu e que devemos viver aqui na terra: amar e adorar. Essa é a razão da adoração.


Asaph Borba
fonte: adorar.net

HAMARTIOLOGIA - Doutrina do Pecado


I. A ORIGEM DO PECADO






A) Em Relação a DeusDeus não pode pecar, e no entanto o plano de Deus “precisaria” ter incluído a permissão para a entrada do pecado no mundo, já que desde a eternidade incluía um Salvador.


B) Em Relação a SatanásO pecado foi achado em satanás (Ez 28.15). Esta afirmação é o mais próximo que a Bíblia chega de uma indicação da origem do pecado.


C) Em Relação a AnjosAlguns deles seguiram a satanás em seu pecado.


D) Em Relação ao HomemO pecado originou-se no Éden.








II. A DEFINIÇÃO DE PECADO


A) O Pecado é uma ilusão:Esta idéia (errônea) assume vária formas de expressão; e.g., nossa falta de conhecimento é a razão pela qual temos a ilusão do pecado; ou, quando a evolução tiver tido tempo suficiente para nos ajudar a progredir, a ilusão do pecado desaparecerá.


B) O Pecado é o eterno princípio do dualismo:Sendo o Mal uma entidade externa a Deus é independente dEle.


C) O Pecado é o egoísmo:Esta é a definição ouvida com maior freqüência. É bíblica mas incompleta e insuficiente.


D) O Pecado é a violação da Lei:Esta definição também é bíblica mas insuficiente, a não ser que o conceito de lei seja estendido de modo a compreender todo o caráter de Deus.


E) O Pecado é qualquer coisa contrária ao Caráter de Deus.


III. PECADO PESSOAL


A) Significado:O pecado é cometido por indivíduos. Podem ser pecados deliberados ou pecados por ignorância. Errar o alvo também implica atingir o alvo errado.


B) Penalidade:Perda de comunhão.


C) Remédio:Perdão - Retira a culpa produzida pelo pecado.
Justificação - Declaração da atribuição da justiça de Cristo ao pecador que crê e é perdoado.


IV. A NATUREZA PECAMINOSA


A) Significado:A Natureza pecaminosa é a capacidade e inclinação humana para fazer tudo aquilo que nos torna reprováveis aos olhos de Deus.


B) Passagens Bíblicas relacionadas:2Co 4.4; Ef 4.18; Rm 1.18- 3.20


C) Resultado da natureza pecaminosa:Depravação total (Absoluta falta de mérito do homem perante Deus)
Morte Espiritual.


D) Transmissão da natureza pecaminosa:Dos pais para os filhos (Sl 51.5).


E) Remédio:Redenção, que nos concede nova natureza (regeneração) e uma nova capacidade de servir a Cristo.
O Poder do Espírito que habita no crente para dar vitória sobre a natureza pecaminosa, que já foi julgada.


V. PECADO IMPUTADO


A) Significado:O resultado da participação de cada homem no pecado original de Adão.


B) Texto-chave:Romanos 5.12 - Toda a humanidade estava em Adão, participando de seu pecado e assumindo a culpa resultante dele.


C) Transmissão do pecado imputado:Transmitido diretamente de Adão a cada membro da raça.


D) Penalidade:Morte física.


E) Remédio:A Justiça imputada de Cristo (2Co 5.21).








VI. O PECADO NA VIDA DO CRENTE


A) O fato do pecado na vida do crente:1 João 1.8-10


B) O padrão para o crente:Andar na Luz ( 1Jo 1.7)


C) A prevenção do pecado na vida do crente:Através da Palavra de Deus (Sl 119.11)
A intercessão de Cristo ( Jo 17.15)
O Espírito Santo que habita nele (Jo 7.37-39)
D) Penalidades do pecado na vida do crente:Perda de comunhão (1Jo 1.6)
Exclusão da Instituição religiosa (1 Co 5.4,5)
Disciplina de Deus (Hb 12.6)
Às vezes morte física (1Co 11.30)


E) O remédio para o pecado na vida do crente:Confissão (1Jo 1.9)
Fonte “ A Biblia Anotada”

Pedro,Primeiro papa?



Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja (16.18)
A expressão “sobre esta pedra” está relacionada à resposta de Pedro, que disse: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo.” É sobre Cristo que a Igreja foi edificada e não sobre Pedro. Jesus afirmou que Ele próprio era a pedra (Mt 21.42). A afirmação de Jesus é uma interpretação veraz do Salmo 118.22. O próprio Pedro identifica Jesus como sendo a pedra (At 4, 11, 12; 1Pe 2.4-6). Se Pedro foi papa durante vinte e cinco anos, então existe algo errado, já que o apóstolo foi martirizado no reinado de Nero, entre os anos 67 e 68 a.D. Subtraindo desta data vinte e cinco anos, retrocederemos ao ano 42 ou 43 a.D. Nessa época, não havia sido realizado ainda o Concílio de Jerusalém (At 15), que ocorreu por volta do ano 48 a.D, ou um pouco depois. Pedro participou do Concílio, mas foi Tiago quem o realizou e presidiu (At 15.13, 19).
O apóstolo Paulo escreveu sua epístola aos romanos no ano 58 a.D. e, no capítulo 16, mandou saudação para muita gente em Roma, mas Pedro sequer é mencionado. Por outro lado, Paulo chegou a Roma no ano 62 a.D. e foi visitado por muitos irmãos (At 28.30,31). E também nesse período não há nenhuma menção a Pedro ou a algum papa. O apóstolo Paulo escreveu quatro cartas de Roma: Efésios, Colossenses e Filemon (62 a.D.) e Filipenses (entre os anos 67 e 68 a.D.). Todavia, Pedro não é mencionado em nenhuma delas e, novamente, não se tem notícia do suposto pontificado de Pedro.
Devemos, ainda, considerar o texto em estudo e seu contexto:

1) Enquanto Pedro é mencionado na segunda pessoa (tu), a expressão “esta pedra” está na terceira pessoa.

2) Pedro (petros) é um substantivo masculino, enquanto pedra (petra), um feminino singular. Conseqüentemente, estas palavras não têm a mesma referência. Ainda que Jesus tivesse falado em aramaico, o original grego inspirado traz as distinções. O interessante é que até as próprias autoridades teológicas católicas concordam que a referência bíblica em estudo não está relacionada a Pedro.
O destaque aqui é para João Crisóstomo e Agostinho.

Agostinho, em seu comentário sobre o evangelho de João, escreveu: “Nesta pedra, então, disse Ele, a qual tu confessaste, eu construirei minha Igreja. Esta Pedra é Cristo; e nesta fundação o próprio Pedro construiu.” Assim, não existe fundamento bíblico nem subsídio histórico para consubstanciar a figura de Pedro como papa (Ef 2.20).
E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.
Com base nesta afirmação de Jesus a Pedro, ensina o Catolicismo Romano, que tanto esse apóstolo quanto seus sucessores foram revestidos de um poder especial e exclusivo, tornando o papado infalível.
A doutrina católica sobre a infalibilidade papal não encontra apoio nas Escrituras. Jesus, de modo algum, outorgou autoridade a outras pessoas para exercerem, de forma singular, a liderança (como cabeça) de sua Igreja. Com base em Mateus 18.15-20, Jesus estende a autoridade que concedeu a Pedro aos demais discípulos, como membros do corpo de Cristo. Esse tipo de autoridade era comum aos rabinos, que tinham o privilégio de dar “permissão” e “proibir”. Não se tratava de uma porção de poder exclusiva somente a Pedro. A Igreja também recebeu a mesma autoridade, pela qual proclamamos o evangelho, o perdão de Deus e o julgamento divino aos impenitentes. Contudo, o único que tem proeminência sem igual é Cristo, a pedra angular. Os demais crentes, inclusive Pedro, são as “pedras vivas” (v.5) nesta edificação.
O papel de Pedro, no Novo Testamento, está longe da reivindicação católica romana de que ele possuía e era autoridade sobre seus companheiros. Embora tenha sido o orador principal no dia de Pentecostes, no entanto, sua atuação no restante do livro de Atos é escassa, sendo considerado tão-somente como “um dos apóstolos”. De forma muito clara, o apóstolo Paulo falou o seguinte: “Em nada fui inferior aos mais excelentes apóstolos” (2Co 12.11). Será que uma leitura mais cuidadosa da carta escrita aos gálatas nos levaria a aceitar que algum apóstolo foi superior a Paulo? Claro que não. Pois Paulo disse ter recebido uma revelação (do evangelho) que não veio dos demais apóstolos (Gl 1.12; 2.2) e que o seu chamado era semelhante ao ministério de Pedro (Gl 2.8), a ponto de usar da autoridade que tinha como apóstolo para repreender duramente o próprio Pedro (Gl 2.11-14).
O fato de Pedro e João terem sido “enviados pelos demais apóstolos” a uma missão especial em Samaria demonstra que Pedro não tinha uma posição superior entre eles (At 8.4-13). Se Pedro de fato fosse superior aos demais, por que é dispensada ao ministério de Paulo uma atenção maior, fato constatado nos capítulos 13-28? No primeiro concílio realizado em Jerusalém (At 15), a decisão final não partiu de Pedro, mas, sim, dos apóstolos e dos anciãos. Além disso, foi Tiago, e não Pedro, que presidiu o conselho (At 15.13). em momento algum, já que era, segundo o catolicismo, superior aos demais apóstolos, Pedro reivindicou ser pastor das igrejas, antes exortou os presbíteros para que cuidassem do rebanho de Deus (1Pe 5.1, 2). Embora reconhecesse ser “um” apóstolo (1Pe 1.1), não se intitulou “o” apóstolo, ou chefe dos apóstolos. Sabia que era apenas “um” dos pilares da Igreja, junto com Tiago e João, e não “o” pilar (Gl 2.9). contudo, foi falível em sua natureza. somente a Palavra de Deus é infalível. Isso, no entanto, não quer dizer que Pedro não teve um papel significante na vida da Igreja.
Segundo afirma o catolicismo romano, os “sucessores” de Pedro ocupam sua cadeira. Quando, porém, analisamos as Escrituras, encontramos critérios específicos para o apostolado (At 1.22; 1Co 9.1; 15.5-8), de modo que não poderia haver sucessão apostólica no bispado de Roma ou em qualquer outra igreja.
Quanto às chaves entregues simbolicamente a Pedro, não significam que esse apóstolo tinha poder para fazer entrar no céu quem ele quisesse. Simplesmente representam a propagação do evangelho, pela qual todos os pregadores, e não apenas Pedro, podem abrir as portas dos céus aos pecadores que desejam ser salvos. Jesus foi explicito e enfático ao ordenar a divulgação das boas-novas em Lucas 24.46, 47. A mensagem de salvação produz arrependimento, por meio da fé na pessoa e obra de Cristo; ou seja, em sua morte e ressurreição. Pedro abriu as portas do céu para seus ouvintes no dia de Pentecostes (At 2.37-41) e na casa de Cornélio (At 10.42, 43).


Fonte:

Bíblia Apologética de Estudo – Edição Corrigida e Revisada Fiel ao Texto Original

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